Dogs e Mascotes

PG INICIAL SITES Ler Anúncios

Como anunciar clique aqui!

Spitz | Cotação / Preços | Shar pei Cruzar | Criadores | Cuidar | Comprar | Labrador | Akita | Beagle | Bernese Montain | Boxer |Bulldog Inglês |Bulldog | Fox Paulistinha | Pastor |Rottwelier | Weimaraner | Kuvasz |

Declaração dos Direitos dos Animais |

RAÇA - LABRADOR

Ele é um companheiro de sucesso mundial. Mas há exemplares com comportamento muito diferente do esperado para a raça.

Para muita gente, ele é a mais perfeita tradução de "melhor amigo do homem". Nos Estados Unidos - maior potência cinófila do planeta - e na Inglaterra - berço da cinofilia - o Retriever do Labrador é, há anos, o número um em popularidade. Tanto que ganhou o apelido de "cão da família", participando de todas as atividades dentro e fora de casa. Conforme diz o próprio padrão da raça, o Labrador típico é dedicado, facilmente adaptável, sociável, gentil, inteligente, muito obediente, sem nenhum traço de agressividade e com grande desejo de servir e agradar ao dono.
Essa lista de qualidades pode até parecer conversa de um bom vendedor, mas é avalizada, desde o início da raça, não apenas por criadores, mas também por adestradores, proprietários e estudiosos de cães. O Labrador é um retriever por natureza, ou seja, um cão que atua em dupla com o homem nas caçadas, acompanhando-o em todo o percurso.
Ele espera o dono atirar na ave e depois, sob comando, vai buscá-la com rapidez, entregando-a intacta ao caçador e enfrentando qualquer tipo de obstáculo para cumprir a missão, seja na terra ou na água. Simplesmente seria impossível um cão ter êxito em todas essas tarefas se não tivesse as qualidades descritas pelo padrão. Dedicação e apego são marcas registradas da raça. Até mesmo criadores que têm muitos Labradores, os mantêm soltos, com livre acesso ao interior da casa, a maior parte do tempo.
O Labrador procura atenção e aprovação, está sempre disposto a brincadeiras, mas sem exageros. Respeita as necessidades do dono e se contenta em estar ao lado dele.
Sua capacidade de viver em harmonia estende-se também a situações, locais e pessoas diferentes. Adora participar da rotina, mas não precisa dela. Viaja a qualquer lugar sem estranhar nada: comporta-se da mesma forma dentro ou longe da sua casa. Gosta de andar de carro: não passa mal nem incomoda o motorista. Na rua, também não dá trabalho. Acostumá-lo à guia não é problema, mesmo depois de adulto. O Labrador é um cão extremamente sociável com pessoas. Com gatos e tartarugas também costuma conviver bem. Já com aves a coisa muda de figura - persegui-las faz parte do seu instinto. Mas é raro que as mate de propósito. A natureza amigável do Labrador facilita a convivência com cães do mesmo sexo: embora mantenha o instinto de disputa por território, comum a todas as raças, ele aprende a se controlar e dificilmente inicia algum confronto.
A "suavidade" da boca é outra qualidade muito valorizada na raça. Um bom Labrador nunca fere alguém intencionalmente e sequer deve destruir brinquedos - é claro que isso não se refere aos ossinhos e similares, feitos para serem roídos e até comidos. É calmo e paciente mesmo com crianças que fazem brincadeiras estabanadas. É também muito inteligente. Tem facilidade para compreender a linguagem humana, senso de observação e excelente memória. Mas pode usar sua inteligência em causa própria, para conseguir o que deseja. Sai-se muito bem nadando ou acompanhando o dono em pedaladas e caminhadas. E quem tem piscina e Labrador precisa estar disposto a compartilhá-la com ele. A atração que sente pela água é irresistível. Mas deve ser ensinado a sair de uma piscina por uma escada especial.
O companheirismo da raça é, para muitos, seu maior patrimônio. Mas como nem tudo são flores, nem todos os Labradores personificam o ideal da raça. O temperamento é, antes de mais nada, herança genética. Cruzamentos entre exemplares que não carreguem essa herança podem gerar filhotes atípicos. Como a raça ainda é pouco difundida no Brasil (em 1996, a Confederação Brasileira de Cinofilia registrou 919 filhotes), Labradores problemáticos ainda são uma minoria. Mas já preocupam os criadores. A única maneira de evitar a propagação de problemas é excluir da criação os maus exemplares. Os principais defeitos identificados pela nossa reportagem foram Labradores agitados; agressivos; que danificam objetos e machucam pessoas, mesmo sem querer; e que latem exageradamente. Entre todos, o mais freqüente é o excesso de agitação. A agressividade é um problema menos comum na raça, mas é o pior defeito quando o cão é um Labrador. Um Labrador que, mesmo manso, não tenha noção da força dos seus dentes não é o mais indicado como companheiro. Latir sem motivo é outro problema.
Não existe argumento científico que comprove relação genética entre cor e temperamento no Labrador. O fato é que a maioria dos problemas está ocorrendo com mais freqüência em cães amarelos e chocolates. Como amarelos vendem mais, muita gente passou a cruzá-los entre si sem se preocupar com o temperamento - o que causou o nascimento de Labradores com desvio de comportamento. Quanto aos chocolates, existem menos exemplares. Mas a julgar pelos depoimentos dos entrevistados, proporcionalmente há mais chocolates atípicos do que amarelos.
Isso não significa que alguém deva desistir de ter um Labrador de uma dessas cores. Apenas a cautela na hora da compra deve ser maior. O principal cuidado é não se guiar por impulso. Antes de mais nada, teste a experiência do criador. Aquele que está sintonizado com as recomendações da criação da raça jamais cruza um exemplar chocolate com amarelo. Criadores experientes, da Inglaterra (país de origem da raça), recomendam também que não se cruzem dois chocolates por mais de três gerações sucessivas, ou dois amarelos por mais de quatro, sem introduzir um preto. Ainda que nada disso tenha a ver com temperamento, e sim com a despigmentação das mucosas, é um atestado de seriedade ou, pelo menos, de que o criador é bem informado. Cruzamentos de sucessivas gerações de amarelo ou de chocolate - cores mais 'comerciais' - podem significar apenas o desejo de obter cor e não o temperamento correto. Títulos de beleza também não são garantia de qualidade. No Brasil, isso apenas mostra que os cães são bonitos. Já na Inglaterra, um Labrador que apenas rosne para outro, em pista, pode ser desclassificado.
A próxima etapa é a escolha dos filhotes. Olhe os pais, verifique seus pedigrees. Não aceite um filhote vindo de um casal chocolate e amarelo. Nem um cujo pai ou mãe tenha comportamento inadequado - peça para ver os pais soltos e caso não estejam no local, tente agendar com o criador uma visita para conhecê-los. Analise o comportamento da mãe. Observe os filhotes. Teste o "candidato" jogando um brinquedo: ele não deve se assustar, destruir o objeto ou recusar-se a devolvê-lo. Se você faz questão de cor, pode ter de esperar algum tempo até conseguir o filhote ideal. Se a urgência for grande, considere a possibilidade de escolher outra cor.
Filhote bem escolhido e de bom temperamento é meio caminho andado. Mas ele não nasce sabendo, precisa ser ensinado. E não esqueça que mesmo o Labrador típico é dono de uma grande energia. E precisa de companhia. Um Labrador criado preso no mínimo vai ficar deprimido, ansioso e muito agitado.
Preocupar-se em adquirir cães geneticamente saudáveis também é fundamental. Peça para ver o laudo de graduação de displasia coxo-femoral (mau encaixe entre a cabeça do fêmur e o acetábulo) dos pais, certificando-se de que possuem um grau no qual se permita o acasalamento. A osteocondrose (mal que compromete a cartilagem e o osso prejudicando a articulação) tem aparecido com pouca freqüência, causando a chamada displasia de ombro (a mais comum) e as de cotovelo, joelho e calcanhar. O problema ainda é pouco conhecido no Brasil. Há duas doenças genéticas que atacam a visão, causando perda progressiva até chegar à cegueira: a Catarata, que ocorre quando o cristalino - parte interna transparente do olho - torna-se opaco; e a Atrofia ou Displasia da Retina, uma degeneração das células da retina.

PADRÃO OFICIAL

CBKC nº 122b, de 30/4/94
FCI nº 122c, de 24/6/87
País de origem: Grã-Bretanha
Nome no Brasil: Retriever do Labrador
Nome no país de origem: Retriever (Labrador)
APARÊNCIA GERAL: muito ativo, de constituição robusta e tronco curto; o crânio é largo; o peito e as costelas são largos e profundos; lombo forte, assim como, os posteriores.
CARACTERÍSTICAS: bom temperamento, muito ágil; excelente faro, cuidadoso ao recolher a caça (boca macia); vidrada por água. Companheiro dedicado, de fácil adaptação ao meio.
TEMPERAMENTO: inteligente, perspicaz, obediente, com forte desejo de servir. De natureza gentil, sem qualquer indício de agressividade ou da indesejável timidez (falta de coragem).
CABEÇA E CRÂNIO: largo com stop bem definido. Contorno bem delineado, sem ser bochechudo. Maxilares de comprimento médio, poderosos e não afilados. Trufa larga, com narinas bem desenvolvidas.
OLHOS: tamanho médio, de cor marrom ou avelã, com expressão inteligente e bom temperamento.
ORELHAS: de tamanho médio, de inserção, preferivelmente, bem para trás, portadas caídas rente às faces, sem ser pesadas.
MAXILARES: os maxilares e os dentes são fortes, com a mordedura em tesoura perfeita, regular e completa, isto é, os incisivos superiores sobrepõem-se aos inferiores em contato justo e inseridos ortogonalmente aos maxilares.
PESCOÇO: forte, robusto e sem barbelas, inserido em ombros bem acoplados.
ANTERIORES: ombros inclinados e escápulas longas. De qualquer ângulo, os membros anteriores apresentam uma ossatura bem desenvolvida e reta, desde os cotovelos até o solo. TRONCO: peito de boa largura e profundidade, com costelas arqueadas em barril. Linha superior nivelada. Lombo largo, curto e forte.
POSTERIORES: bem desenvolvidos. Garupa bem desenvolvida, sem inclinação em direção à cauda. Joelhos bem angulados. Jarretes de vaca são altamente indesejáveis.
PATAS: redondas, compactas; dígitos bem arqueados e almofadas plantares bem desenvolvidas.
CAUDA: característica da raça, conhecida por "cauda de lontra": muito grossa na raíz, adelgaçando gradualmente para a ponta, comprimento médio, sem franjas, completamente revestida por uma pelagem curta, espessa e densa, conferindo uma aparência roliça. Portada alta, mas sem enroscar sobre o dorso.
MOVIMENTAÇÃO: com desenvoltura e cobertura de solo adequada. Os anteriores e posteriores realmente alinhados.
PELAGEM: outro aspecto característico da raça. Curta e densa, com ligeira aspereza ao toque, sem ondulações ou franjas; subpêlo resistente às intempéries.
COR: totalmente preto, amarelo ou fígado/chocolate. A gama dos amarelos vai desde o creme claro ao vermelho (da raposa). Permitida pequena mancha branca no peito. TALHE: altura ideal, na cernelha, de 56 a 57 cm, para os machos, e de 54 a 56 cm, para as fêmeas. FALTAS: qualquer desvio, dos termos deste padrão, deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção da sua gravidade.
NOTA: os machos deverão apresentar os dois testículos, com aparência normal, completamente descidos e bem acomodados na bolsa escrotal.

Informações retiradas da revista Cães & Cia nº216. Fotos dos sites Windfall Labradors e Little River Labrador Retrievers.